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Essa é uma reflexão sobre desejos, criatividade e felicidade: desejar é natural, faz parte da nossa experiência como seres humanos. Mas quando passamos a acreditar que só seremos felizes ao realizar todos os nossos desejos, abrimos espaço para o sofrimento.
Porque a mente deseja sem parar — e se a felicidade depender disso, ela se torna sempre distante, inalcançável….
"O estado de felicidade será mais profundo quanto menos estiver contaminado pelo desejo e quanto mais a pessoa tiver amadurecido a realidade de que tudo é impermanente." Bel Cesar

Desejo, criatividade e a lembrança da Felicidade
Desejar faz parte da experiência humana. A cada instante, nosso corpo, nossa mente e nosso coração estão desejando algo — um afeto, uma comida, um novo projeto, uma transformação. E não há nada de errado nisso.
Os desejos são uma força criativa poderosa; eles movimentam, impulsionam, nos tiram da estagnação. Desejar é sinal de vida; é natural sentir vontade de viver experiências, criar, se expressar, se conectar.
Essa força interior — que pulsa por novidade, por prazer, por contato com o mundo — está profundamente relacionada ao Svādhiṣṭhāna Chakra, o segundo centro energético, localizado na região do baixo ventre: pelve, órgãos sexuais, útero e bexiga. É nesse centro energético que habitam a criatividade, a sensualidade, o prazer e as emoções. É o centro de energia ligado ao elemento água, ao movimento e à fluidez.
O desejo, nesse contexto, é visto como impulso vital — uma vontade que nasce do corpo e do coração, e nos leva a sentir a vida de forma mais profunda. É o desejo de criar, de tocar, de dançar, de sentir prazer, de se entregar. É esse desejo que nos conecta com o outro, com a arte, com a expressão emocional e com o prazer de estar presente no agora.
Quando o Svādhiṣṭhāna está equilibrado, conseguimos viver esse fluxo com leveza. Somos capazes de desejar, criar e nos mover com liberdade, sem culpa nem repressão. Honramos nossos impulsos sem sermos prisioneiros deles. Como um rio que segue seu curso — sem represar, mas também sem se deixar arrastar pela correnteza.
Mas é importante distinguir os desejos que nascem do corpo e do sentir — emocionais, sensoriais, espontâneos — daqueles que surgem da mente, moldados por ideias de sucesso, comparação, validação externa. Estes desejos mais mentais, ambiciosos, ligados a metas e propósitos, envolvem outros centros energéticos: o Manipura Chakra (plexo solar), regente da força de vontade e da ação; e o Ājña Chakra (terceiro olho), que governa a visão, a clareza e a direção interior.
E seja qual for a natureza do desejo, há um ponto de atenção fundamental: quando passamos a acreditar que só seremos felizes ao realizar nossos desejos, abrimos espaço para o sofrimento. Porque o desejo é insaciável. Assim que um se realiza, outro toma seu lugar. A mente quer mais. E mais. E mais…
Aquilo que poderia ser uma força criativa, quando descompensado, se transforma em compulsão, em ansiedade e frustração. O desejo vira armadilha quando o colocamos como condição para a felicidade.
Como sair desta armadilha?
“Reconhecemos a felicidade como algo natural para nós. Se a tristeza não é realmente uma parte de você, e a felicidade sozinha é natural para você, por que você busca a felicidade fora de si mesmo?” Swami Dayananda
O Yoga nos convida a olhar para isso com mais consciência. Ele não nega o desejo — pelo contrário, reconhece a Shaktī, a energia do movimento e da manifestação, como força sagrada. Ensina que podemos, sim, criar a nossa realidade. Que há dentro de nós potência para transformar, realizar e expressar o que viemos ser.
Mas também nos lembra que nenhuma realização externa é fonte de felicidade duradoura. Porque a verdadeira felicidade, segundo o Yoga, não se conquista. Se reconhece.Ela está na base do nosso ser, é a natureza da consciência: livre, pura, silenciosa.
Desejar, sim. Criar, sim. Realizar, sim... Mas sem esquecer que, em essência, já somos completos.Já somos felizes!
Tudo o que buscamos fora já habita em nós.Só precisamos nos lembrar constantemente

"Pensamos que criamos a felicidade, mas, na verdade, simplesmente invocamos a felicidade em nós mesmos." Swami Dayananda
E para nos conectarmos com essa energia do elemento água, do desejar, se sentir livre para criar e ainda encontrar uma satisfação interna, convido você a praticar Yoga no Soma:
Semana 13 à 19 Abril 2025
🧘🏻♀️Meditação: Estou Completa e Satisfeita
🤸🏻♂️Mini Prática Temática: Slow Flow
🌀 Postura-chave: Padmāsana, a flor de lótus
🌬 Prāṇāyāma: Respiração completa combinada com Aśvinī mudrā, para melhorar a circulação da área pélvica.
💻 Práticas ao Vivo (Grade de Horários)
‼️ AVISO: Sexta-feira, dia 18 de Abril é Feriado Nacional e não haverá aula.
🐚 Sábado 19/04 Aula da Formação em Yin Yoga 7h30 (horário Brasilia) Confirmada!
📅 E já temos a data para o nosso Grupo de Estudos de Abril: Dia 22, às 7h45
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Nos vemos nas aulas ao vivo durante a semana!
Qualquer dúvida, estou à disposição.
Hariḥ Oṁ
Patrícia de Abreu ॐ